O que é o INSS e qual a sua função
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é o órgão responsável por recolher as contribuições da Previdência Social no Brasil e realizar o pagamento de diversos benefícios aos trabalhadores. Ele é essencial para garantir a segurança financeira em momentos importantes da vida, como aposentadoria, doença, maternidade, invalidez e até mesmo pensão por morte aos dependentes.
Sem as contribuições ao INSS, não é possível ter acesso a esses benefícios. Ou seja, mesmo que você esteja desempregado, é possível e extremamente importante manter os pagamentos para não perder os direitos já adquiridos e continuar somando tempo de contribuição.
Por que contribuir mesmo estando desempregado
Estar sem um emprego formal não impede que você continue contribuindo com o INSS. Na verdade, manter a regularidade dos pagamentos é uma forma inteligente de proteger seu futuro. Ao continuar contribuindo, você garante que o tempo sem carteira assinada não seja um “buraco” no seu histórico previdenciário.
Isso é importante porque os anos de contribuição contam diretamente para sua aposentadoria e outros benefícios. Além disso, quanto mais tempo você passar sem contribuir, mais difícil pode ser recuperar esse período depois.
Benefícios garantidos com as contribuições
Alguns dos principais benefícios que você pode garantir mesmo desempregado (desde que esteja contribuindo como facultativo ou individual) são:
- Aposentadoria por idade ou por tempo de contribuição
- Auxílio-doença
- Salário-maternidade
- Pensão por morte para dependentes
- Auxílio-reclusão
Quem está desempregado pode pagar o INSS?
Contribuinte facultativo vs contribuinte individual
Sim, pessoas desempregadas podem continuar pagando o INSS. Para isso, existem duas modalidades principais: o contribuinte facultativo e o contribuinte individual. A diferença está no tipo de atividade exercida.
- Contribuinte facultativo: é quem não exerce atividade remunerada. Ou seja, está desempregado, sem renda, mas quer continuar contribuindo.
- Contribuinte individual: é quem trabalha por conta própria (como freelancer ou autônomo), sem vínculo empregatício, mas com rendimento.
Quem pode ser considerado contribuinte facultativo
Você pode se cadastrar como contribuinte facultativo se:
- Tem mais de 16 anos;
- Não exerce nenhuma atividade remunerada (nem informal);
- Quer manter sua qualidade de segurado para benefícios futuros.
Isso se aplica muito bem para pessoas que estão desempregadas, cuidando da casa, estudantes ou pessoas em transição de carreira.
Diferenças entre as categorias e implicações
A principal diferença é que o contribuinte individual tem obrigação legal de contribuir, enquanto o facultativo contribui se quiser. Porém, em ambos os casos, os pagamentos são feitos de forma semelhante, e você pode escolher o plano que melhor se encaixa no seu orçamento.
Vantagens de contribuir com o INSS mesmo sem emprego
Aposentadoria
O tempo que você continua contribuindo mesmo sem vínculo empregatício é somado normalmente para fins de aposentadoria. Isso pode fazer com que você se aposente mais cedo ou com um valor maior no futuro.
Auxílio-doença e salário-maternidade
Mesmo desempregado, se você contribui como facultativo, tem direito a benefícios como auxílio-doença e salário-maternidade, desde que cumpra o período de carência. Isso é especialmente relevante em caso de imprevistos, como uma doença que impeça o trabalho.
Tempo de contribuição não interrompido
Ao manter as contribuições mesmo desempregado, você evita lacunas no seu histórico previdenciário. Cada mês conta! E isso pode ser decisivo na hora de solicitar a aposentadoria ou outro benefício.
Como pagar o INSS desempregado passo a passo
Passo 1 – Cadastro no Meu INSS ou inscrição no NIT/PIS
Se você nunca contribuiu para o INSS, o primeiro passo é fazer sua inscrição. Isso pode ser feito no site Meu INSS ou pelo telefone 135. Você receberá um número de identificação (NIT ou PIS) que será utilizado em todos os seus pagamentos.
Se já trabalhou com carteira assinada, provavelmente já possui esse número. Basta consultar em seu antigo contracheque, carteira de trabalho ou no próprio site do Meu INSS.
Passo 2 – Escolha do plano de contribuição
Você poderá escolher entre três planos:
- Plano normal: 20% do salário escolhido (até o teto do INSS);
- Plano simplificado: 11% sobre o salário mínimo;
- Plano de baixa renda: 5% sobre o salário mínimo (exige inscrição no CadÚnico e comprovação de renda familiar até 2 salários mínimos).
Passo 3 – Preenchimento da GPS (Guia da Previdência Social)
A GPS é o boleto de pagamento do INSS. Você pode gerar online no site da Receita Federal ou no app Meu INSS. É importante preencher corretamente o código de pagamento:
- Código 1473 para facultativo plano normal;
- Código 1929 para facultativo plano simplificado;
- Código 1163 para facultativo baixa renda.
Passo 4 – Pagamento em banco, lotérica ou online
Depois de gerar a GPS, basta realizar o pagamento. Pode ser feito via internet banking, aplicativo do banco, lotérica ou caixa eletrônico. O vencimento é até o dia 15 do mês seguinte ao da competência.
Leia também: Pedido concluído no INSS
Qual valor pagar ao INSS desempregado
Plano normal (20% do salário)
Você escolhe o valor da sua contribuição (mínimo um salário mínimo e máximo o teto do INSS). Por exemplo: se você quer contribuir com base em R$ 2.000,00, pagará R$ 400,00 por mês.
Plano simplificado (11%)
Você paga 11% sobre o salário mínimo vigente. Em 2025, com salário mínimo de R$ 1.412, o valor da contribuição é R$ 155,32.
Plano baixa renda (5%)
Pagando apenas 5% sobre o salário mínimo, a contribuição mensal fica em R$ 70,60. Mas lembre-se: é preciso estar no CadÚnico e comprovar renda familiar mensal de até dois salários mínimos.
Qual a diferença entre os planos de contribuição
Direitos que cada plano garante
- Plano normal (20%): Garante todos os benefícios, inclusive aposentadoria por tempo de contribuição.
- Plano simplificado (11%): Dá direito à aposentadoria por idade, auxílio-doença e salário-maternidade.
- Plano baixa renda (5%): Mesmos direitos do plano simplificado.
Limitações do plano simplificado e do plano de baixa renda
Quem contribui com 5% ou 11% não tem direito à aposentadoria por tempo de contribuição, salvo se fizer complementação do valor depois. Essa é uma limitação importante para quem deseja se aposentar mais cedo.
Como manter os pagamentos em dia
Uso de aplicativos e alertas
Utilize o app Meu INSS ou aplicativos bancários para emitir e pagar a GPS todos os meses. Você também pode configurar lembretes no celular para evitar atrasos.
Organização financeira para o autônomo ou desempregado
Inclua a contribuição do INSS como um gasto fixo do mês, assim como água ou luz. Manter essa regularidade ajuda a manter sua qualidade de segurado ativa.
Como regularizar contribuições em atraso
Como calcular e gerar GPS de meses anteriores
Se você deixou de pagar alguns meses, pode regularizar a situação. Basta acessar o sistema de cálculo da Receita Federal e gerar as guias com os valores corrigidos.
Multa, juros e possibilidade de indenização ao INSS
As contribuições em atraso sofrem aplicação de multa e juros. E, dependendo do caso, pode ser necessário comprovar que você estava sem vínculo empregatício para pagar como facultativo. Caso contrário, pode não valer para aposentadoria.
Posso me aposentar contribuindo como facultativo?
Regras da aposentadoria por idade e por tempo
Sim! O contribuinte facultativo tem direito à aposentadoria por idade (62 anos para mulheres e 65 para homens) desde que tenha, no mínimo, 15 anos de contribuição.
Impacto da Reforma da Previdência
A Reforma de 2019 manteve esse direito, mas criou regras de transição e aumentou a idade mínima para algumas situações. Por isso, é fundamental acompanhar as mudanças nas leis.
É possível parar de pagar e depois voltar?
Período de graça do INSS
Mesmo que pare de pagar, o segurado tem um “período de graça” onde ainda pode receber benefícios. Esse período varia de 3 a 36 meses, dependendo do tempo de contribuição anterior.
Retomando os pagamentos sem prejuízo
Você pode voltar a pagar a qualquer momento, sem necessidade de novo cadastro. Mas o ideal é não deixar de contribuir para não perder direitos.
Como consultar minhas contribuições no Meu INSS
Extrato CNIS: o que é e como usar
O CNIS é o extrato de todas as suas contribuições. Acesse pelo site ou app do Meu INSS e confira mês a mês se os pagamentos estão registrados.
Conferência de dados e correções
Se encontrar erros ou lacunas, solicite a correção através do Meu INSS ou ligando para o 135. Ter os comprovantes de pagamento é fundamental nessa hora.
Contribuir como facultativo vale a pena?
Comparativo com outras opções de previdência
Se você quer apenas segurança básica e acesso a benefícios do governo, o INSS é uma ótima escolha. Mas se deseja algo mais robusto e com maior rentabilidade, pode complementar com previdência privada.
Situações em que pode não ser vantajoso
Pagar INSS como facultativo pode não ser vantajoso para quem está com dificuldades financeiras e não pretende se aposentar pelo sistema público. Nesse caso, o planejamento deve ser feito com cuidado.
Conclusão
Contribuir para o INSS mesmo estando desempregado é uma atitude de responsabilidade com o futuro. Além de proteger você e sua família contra imprevistos, garante o acesso a benefícios importantes como aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade.
Se organizar direitinho, dá para manter a contribuição em dia e não comprometer tanto o orçamento. Afinal, pensar no futuro é um investimento que traz tranquilidade para a vida inteira.
FAQs (Perguntas Frequentes)
1. Preciso pagar o INSS todo mês mesmo desempregado?
Não é obrigatório, mas é recomendável para manter os direitos previdenciários ativos.
2. O que acontece se eu atrasar um pagamento?
Você pode pagar com juros e multa depois, mas há risco de perder o direito a alguns benefícios temporariamente.
3. Posso pagar retroativo mesmo sem ter cadastro na época?
Não. Para pagar retroativo, você precisa comprovar que já tinha a qualidade de segurado na época.
4. Como declarar essas contribuições no imposto de renda?
Você deve informar os valores pagos como “pagamentos efetuados à Previdência Social” na declaração anual.
5. Vale mais a pena INSS ou previdência privada?
Depende do seu perfil. O ideal é conciliar os dois: INSS como proteção básica e previdência privada como complemento.

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